1 | Tente conseguir suas peças direto da fonte, ou seja, nas demolidoras. Os intermediários sempre encarecem o produto. |
2 | Procure referências sobre os locais onde você pretende adquirir o material. Quem já conhece, sempre sabe informar se o atendimento foi bom e se não tentaram ludibriá-lo. |
3 | Se você não entende o suficiente de material antigo, escolha um arquiteto com experiência nesta área. E, quando for fazer as compras, leve-o junto. |
4 | Lembre-se do velho ditado que alerta sobre a venda de gatos como se fossem lebres. Há locais que vendem peças usadas e em má estado garantindo que são do século passado. Desconfie e averigúe. |
5 | Pergunte a origem da peça. Tomando como referência a cidade ou o bairro, é possível ter uma noção se a idade anunciada é verdadeira. Em São Paulo, por exemplo, os bairros da Mooca e do Brás são celeiros de material de demolição antigo e de qualidade. |
6 | Raspe a madeira para conferir se é a mesma informada pelo vendedor. Portas de entrada são, em sua maioria, de cabreúva, madeira de tom castanho avermelhado, muito dura e resistente às intempéries e aos cupins. Outra madeira muito encontrada nos materiais de demolição é o pinho-de-riga, de origem russa e que pode ser identificada por pequenas estrias. Ela é ideal para áreas internas ou que estejam sob a proteção de varandas, pois não resiste à variação de temperatura e à exposição ao sol e à chuva. Janelas costumam ser de cedro-rosa, uma madeira mole, de tom rosa escuro. É uma madeira para pintura, normalmente protegida com tinta. |
7 | Bata com os nós dos dedos nas peças de madeira. Se fizerem barulho que pareça que estão ocas, não leve. O som pode indicar presença de cupim. |
8 | Procure comprar peças que estejam funcionando e já com os itens necessários (exemplo: porta com dobradiças e fechadura). Os pequenos complementos e a restauração encarecem bastante a peça. |
9 | Se comprar peças que necessitem de restauração – o que é comum, devido à ação do tempo –, não as entregue a qualquer um. Certifique-se de que o profissional é realmente experiente, pois uma restauração mal feita pode estragar complemente seu achado. |
10 | Não deixe para comprar o material de demolição de sua obra quando ela já estiver sendo construída. Lembre-se de que as casas antigas tinham pé-direito de 3,5 metros e suas portas, janelas, escadas, sacadas tinham dimensões bem maiores do que as atuais. Não é incomum que belas portas antigas tenham de ser cortadas por causa da altura da viga que não foi planejada para ela. |
11 | O modismo encareceu bastante as peças antigas encontradas em demolição. Para tentar preços mais em conta, vale a sugestão do experiente consultor técnico Fernando de Matos. “Se quiser uma porta, pergunte por janela”, ensina. “Depois de ver várias e dizer que não gosta de nenhuma, pergunte, com desprezo, o preço da porta ‘velha’ ali do canto. Com certeza, eles vão querer te empurrar o material por um valor bem melhor que os dados pelas janelas.” |
12 | Se você não puder comprar várias peças antigas de demolição para sua casa, opte pela porta de entrada. Mais elaborada, ela complementará a obra com um toque de elegância. “Não é o material de demolição que vai deixar a casa bonita e confortável, é o conjunto e a harmonia do todo”, ensina o arquiteto Gil Lopes. |