
Soluções de arquitetura, materiais de revestimento e peças de decoração que transformam um ambiente, sem pesar muito no bolso, também podem ser encontradas no Casa Cor Rio. Ou seja, mesmo tendo o luxo com mote, o evento — que este ano acontece nas tribunas do Jockey Club — apresenta opções de projetos mais econômicos. Foi o que o “Morar Bem” descobriu neste garimpo que fez na mostra.


Um recorte quadrangular no teto, com 325 lâmpadas espelhadas, por exemplo: parece o máximo de suntuosidade, não? Nada disso. Nesse teto cenográfico, de 56 metros quadrados, um dos destaques do espaço “Biblioteca”, de Jairo de Sender, o efeito da iluminação é garantido por apenas 18 lâmpadas acesas. Num espaço menor, em que se usasse 150 lâmpadas, esse recurso sairia por R$450, mais a mão-de-obra. E dá até para economizar colecionando lâmpadas queimadas, diz Sender:
— Além disso, um lustre que produza o mesmo impacto sai bem mais caro.
Artesanato nacional é destaque de projeto
Na “Galeria”, projeto dos arquitetos Mario Santos e Eliane Amarante, a economia está no uso de produtos artesanais nacionais.

— O papel de fibra de caule de bananeira, feito à mão por uma comunidade de Três Rios, custa R$26 a folha. Um similar, importado, sairia pelo triplo do preço. E, no piso, instalamos o limestone, fabricado por uma pedreira do Ceará. Faz o mesmo efeito de um mármore travertino, e custa R$125 o metro quadrado — ressalta Santos.

O piso do “Gazebo” de Valéria Marques, um sintético que imita tábua corrida, é outro achado: além de mais em conta que o de madeira, é ecológico. É da Ekko Design e sai por R$100 o metro quadrado. Já o banco de uma Kombi é o barato da “Garagem da mulher”, de Andréa Chicharo: custou R$50 num ferro velho. O estofo e o tecido puxaram o preço para R$500. Mas que vale a idéia, lá isso vale.