Ainda sob o efeito da redução do IPI no setor, as vendas de material de construção continuaram a crescer no último mês de agosto.
De acordo com a pesquisa divulgada pela Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), a comercialização aumentou 1,6% no oitavo mês do ano em relação a julho.
Apesar de a alta não ter sido tão robusta quanto no balanço anterior –crescimento de 7% de julho sobre junho-, o setor já registrou um crescimento de 2,5% nos últimos 12 meses.

Para o presidente da entidade, Cláudio Conz, apesar da desaceleração no levantamento mais recente, o resultado foi suficiente para reverter os indicadores negativos.
“Acredito que o desempenho deve melhorar a partir de setembro, pois é nesta época do ano que costumamos ter os melhores resultados em vendas”, afirmou.
“O resultado de agosto foi diretamente impactado pelas contínuas promoções a respeito do fim da desoneração de IPI para automóveis e para a linha branca, que foram novamente prorrogados. Isso desviou a atenção dos consumidores, que adiaram as compras de material de construção. O lado positivo é que este adiamento tem prazo para acabar e a volta às compras acontecerá em breve. As obras tendem a ficar prontas antes do período de festas e de chuva”, disse.
De acordo com Conz, o anúncio da prorrogação da desoneração do IPI para materiais de construção até dezembro de 2013, feito pelo governo na semana passada, também foi uma boa notícia para o segmento.
“Isso permitirá uma melhor programação, principalmente das construtoras em seus planejamentos e lançamentos, ajustando os valores dos imóveis e suas encomendas antes do aumento de preços”, explicou.
A partir de setembro, materiais de construção como pisos laminados, de madeira e vinílico, além de placas de gesso (drywall), também entraram na lista dos artigos com alíquota zerada.
Segundo a secretaria de comunicação social da presidência da república, a renúncia fiscal estimada para 2013 é de R$ 1,8 bilhão.
A Anamaco divulgou ainda que espera que o varejo da construção encerre o ano com um desempenho 4,5% superior a 2011, número bem inferior às previsões feitas no início do ano, que chegaram a 8%.