Boas idéias, de fato, transformam um ambiente, que, à primeira vista, poderia parecer pouco atrativo em termos estéticos. A retirada de uma piscina da varanda dos fundos de um apartamento térreo, na Avenida Maracanã, na Tijuca, teve um efeito extremamente positivo, ao contrário do que se poderia imaginar.

A arquiteta Claudia Santos encontrou um cenário nada harmônico no local: uma piscina velha de fibra de vidro; um deque com um piso surrado, feito de pedra São Tomé; e uma churrasqueira antiga, com cobertura malfeita, que não protegia nada, nem ninguém da chuva.

Claudia propôs, então, retirar a piscina — que ocupava metade dos 44 metros quadrados da varanda — e instalar uma ducha e duas saídas de água laterais, para massagear o corpo de quem prefere fazer um relaxamento durante o banho. Foram construídas novas churrasqueira e cobertura. O canteiro de pedra, ao lado, ganhou ripas de madeira e virou um charmoso banquinho. Já as plantas, que cresciam aleatoriamente, foram substituídas por outras espécies, que são de fácil adaptação e manutenção.
A iluminação da varanda foi feita com leds, que gastam menos energia que as lâmpadas convencionais. No chão, foram instalados dois tipos de piso: de um lado, peças de ecowood (uma cerâmica que imita madeira, mas que é de fácil manutenção); e, do outro, porcelanato branco. Perto do muro — onde fica uma fonte d’água, que pode ser vista da janela do quarto principal — o porcelanato dá lugar a rodelas de cimento, intercaladas com pedriscos.


— A mudança integrou a sala com a varanda, deixando o apartamento com cara de casa. Além disso, o local é um oásis de tranqüilidade no meio da cidade: nem parece que estamos numa das vias mais movimentadas da Tijuca — resume a arquiteta.
O valor de toda a reforma (incluindo gastos com o projeto, paisagismo, plantas, luminária e móveis) ficou em torno de R$25 mil.