Sair da rua para um ambiente climatizado não raro arranca suspiros de alívio das pessoas. O preço, é claro, depende da potência do equipamento, e se ele será do tipo quente-frio que pode ser usado no inverno para aquecer, em vez de resfriar.
Mas como escolher com tantas ofertas e valores diferentes? O Pense Imóveis traz mais detalhes sobre os modelos e suas vantagens.
Tipos de ar-condicionado
O ar-condicionado de janela, também chamado janeleiro, de parede ou ACJ, é instalado em buraco na parede – ou na própria janela. Tem, no mesmo equipamento, a condensadora, que esfria o ar, e a evaporadora, que o libera no ambiente. Apesar de mais compacto e de custo inicial mais baixo do que o do primo mais novo – o split -, o ACJ faz mais ruído, além de não ser tão eficiente para espaços maiores, afirma Melisa Maciel, gerente de vendas da Bom Tempo Climatização de Ambientes, em Porto Alegre.
Modelo de janela da Consul, de 7,5 mil BTUs
Evolução do ar-condicionado de parede, o modelo split palavra que, em inglês, significa separado -, tem esse nome porque é composto de dois equipamentos distintos: a condensadora e a evaporadora. A primeira, que é a mais barulhenta, é instalada do lado de fora do cômodo, e a segunda é o aparelho que despeja o ar gelado no ambiente. Além disso, é mais eficiente e consome cerca de 40% menos energia elétrica do que o tipo anterior.
Modelo split
Por causa das vantagens do split sobre o ACJ, Melisa diz que hoje é mais difícil encontrar o aparelho de janela nas lojas especializadas, mas as de eletroeletrônicos e os supermercados ainda trabalham com o modelo. E se a opção do cliente é pelo ACJ porque não há espaço para instalar o split, a vendedora menciona o modelo window, também chamado window split. A denominação é autoexplicativa: ele usa a tecnologia do split, garantindo a mesma economia, mas é compacto como o de janela, podendo ser instalado no espaço que seria dele em construções mais antigas.
Modelo window split tem condensadora do tamanho do de janela
Para ambientes grandes mas sem muita área externa para instalação, existem os multisplit, que conectam duas ou três evaporadoras à mesma condensadora. Mais caro que o split comum, ele mantém a economia de consumo quando comparado ao modelo ACJ, mas se três evaporadoras forem ligadas ao mesmo tempo, por exemplo, o consumo equivale ao de três condicionadores – a vantagem está, realmente, no espaço ocupado do lado de fora do prédio.
Modelos de split
Para necessidades diferenciadas há variadas opções de split. O hi wall (ou high wall), é colocado próximo ao forro, a uma distância entre 15 e 30 centímetros.
Piso/teto tem serpentina mais longa do que o hi wall
O piso/teto, como o nome indica, pode ser instalado no chão – atrás do sofá, por exemplo – ou na parede, quase no teto, o que inclui o canto do cômodo.
Modelo piso/teto de canto, da Komeco, para espaços pequenos
A diferença entre os dois modelos está no alcance: o piso/teto tem um metro a mais de serpentina, e consegue enviar o ar frio a um metro mais do que o hi wall. Por isso, aquele é indicado a ambientes compridos.
Modelo cassete tem quatro saídas, mas exige gesso rebaixado
Há, ainda, a opção do cassete, modelo instalado no teto, na região central do cômodo, e que tem quatro saídas de vento. Além disso, tem a vantagem de ter uma bomba antidreno, que impede pinga-pinga do aparelho que estiver com o filtro sujo. Apesar dos benefícios que oferece, o cassete só pode ser instalado onde houver 35 centímetros de rebaixo de gesso, alerta Melisa.
Modelo portátil não precisa de instalação mas faz mais braulho
O mercado também dispõe de modelos portáteis, que podem ser transferidos de um cômodo a outro e não requerem instalação, já que a troca de ar é feita por um tubo, conectado do aparelho à janela. Apesar da praticidade, o modelo é mais barulhento e ocupa espaço no ambiente, como se fosse um móvel, pondera Melisa. O consumo de energia é o mesmo que o das opções fixas, e as potências são 9 mil e 12 mil BTUs, com opção de quente/frio.
Dimensionamento
Os condicionadores de ar podem ter potências que variam de sete mil a 60 mil BTUs. Para escolher qual o modelo que melhor atende às necessidades do ambiente, deve-se levar em conta o número e o tamanho das janelas e portas nele, a posição do sol em relação ao espaço, a quantidade de pessoas que vai conviver ao mesmo tempo no local e a presença de eletrônicos.
Para combinar todos esses elementos e encontrar o ar-condicionado adequado, o ideal é conversar com um especialista, diz Melisa. Mas, se a ideia é avaliar quanto vai custar o sistema, ela sugere partir de 600 BTUs por metro quadrado, acrescentando também 600 BTUs por cada equipamento eletrônico – monitor do computador, televisão, rádio, DVD.
Posição
A visita do técnico é importante também, lembra Melisa, para escolher o local onde será instalado o aparelho. “Deve ser um lugar em que o vento não fique diretamente em cima da pessoa”, explica. No dormitório, o ideal é que seja sobre a cabeceira, e não na lateral do cômodo. No estar, deve ser próximo ao sofá, mas nunca sobre a televisão ou sobre quadros – se o filtro não estiver limpo, o aparelho pode começar a pingar e danificar peças que estejam sob ele. Na sala de jantar, deve-se evitar a proximidade com a mesa.
Instalação
O ideal é que o morador não esteja no cômodo no momento da instalação, por causa do barulho e da poeira vindos da furação da parede. Também por causa do pó, o ideal é retirar o sofá ou a cama do local, e protegê-los com uma lona. “O uso da serra-copo para furar já evita o excesso de pó, e a equipe também leva o aspirador, mas ainda assim alguma poeira acaba sobrando”, explica.
Melisa lembra que, para quem mora em prédio, é preciso também avisar o zelador ou síndico da instalação. Na data, se o local do ar-condicionado fica sobre uma área de circulação, é necessário isolar a mesma e explicar que, alguns andares acima, está havendo a furação.
Condensadoras são instaladas na parte externa do prédio
O valor da instalação depende da capacidade do aparelho. Isso porque a bitola do cano de cobre, que passa o gás do aparelho externo para o interno e vice-versa, varia de acordo com a quantidade de BTUs do equipamento. A distância entre a condensadora e a evaporadora, fora e dentro da casa, respectivamente, também afeta o valor, assim como o modelo escolhido – se hi wall, piso/teto, cassete. Além disso, em andares mais altos de prédios que não foram preparados para receber o ar split, pode ser necessário montar um andaime, com custo repassado ao cliente – mas a situação é rara, garante Melisa.
Manutenção
A manutenção do ar-condicionado pode ser feita em casa, e deve ser periódica. Consiste em retirar o filtro de ar e lavá-lo em água corrente, sem adição de produtos de limpeza. Não é preciso esperar que seque para recolocá-lo no aparelho. O intervalo de um mês costuma ser suficiente, mas Melisa alerta que em locais com muita poluição, ou em lares com animais de estimação, pode ser preciso fazer a higienização com mais frequência. A recomendação também vale para o aparelho da cozinha, se a pessoa costuma fazer muita fritura.
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