
Rio de Janeiro – Um enfeite de crochê aqui, um detalhe de patchwork ali, uma aplicação feita a mão… Apesar da decoração rica de detalhes, na casa da artesã e empresária Anna Clara Jourdan, sócia do charmoso ateliê de decoração infantil Família Ripinica, não entra nada que não seja prático e durável. O imóvel, de três andares, fica numa rua fechada do Jardim Botânico.
Os sofás da sala de estar, por exemplo, têm capas, afinal Anna tem filhos de 2 e 5 anos. A mesa de centro, da Fernando Jaeger, é de madeira maciça. Na sala de jantar – com mesa desenhada pela empresária, que é designer de interiores as cadeiras, da Tok & Stok, são de couro, em nome da praticidade. As cortinas, de algodão com bordados, podem ser lavadas na máquina:
Não temos frescura em casa. O que não é funcional, não entra.
Anna é fanática por almofadas. Na sala, há peças com bordados de crochê, da loja Área Objetos. Em seu quarto, outras tantas, de patchwork, que foram compradas em diferentes lojas: nesse caso, elas estão sobre um futton bem grande, a chamada “cama da bagunça”, localizado num cantinho do quarto.
Uma almofada não tem nada a ver com a outra, mas o que importa é que adoro cada uma delas ressalta Anna, contando ainda que a tal “cama da bagunça” é um dos lugares da casa onde a família costuma se reunir, para ler um livro infantil ou tocar violão
Outra mania de Anna e de sua família é relaxar em redes. Ela conta que, quando seu filho era bebê, só dormia com o balancinho.
Essa da varandinha, de listras coloridas, da Toque, foi descoberta por minha sócia, Tatiana Pinheiro.
No hall dos quartos, no segundo piso, Anna Clara mostra que, com o que se tem em casa e um pouquinho de criatividade, é possível fazer decoração:
Eu tinha um calendário que adorava, com fotos de Robert Doisneau. Quando acabou o ano, escolhi três delas e fiz quadrinhos, que pendurei na parede intercalados por três quadrados de espelho do mesmo tamanho.
No quarto da filha, uma parede se destaca: diferentes borboletas pintadas à mão por sua tia Magui. Outro lugar de reunião familiar, entre brinquedos, livros e televisão, é o salão do terceiro piso, contíguo a um terraço, conta a designer:
Quando as crianças estão meio desanimadas, digo: “Vamos lá em cimão?”, que é como elas chamam o espaço, e elas logo se animam.