O Banco do Brasil (BB) está entrando no agora disputadíssimo mercado de crédito imobiliário. Maior instituição financeira do país, o BB começou a receber propostas no Distrito Federal, há um mês. Na semana passada, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul entraram no programa. A partir do mês de abril, a oferta passará a ser feita em todo o país. Até agora, foram contratadas 126 cartas de crédito, num total de R$10,4 milhões (o crédito foi aberto para funcionários do banco de todo o país).
A expectativa é emprestar este ano R$650 milhões, num total de dez mil contratos, informa o gerente de Crédito Imobiliário do BB, Denilson Molina:
— Há modalidades de crédito para imóveis de todas as faixas de renda, com taxas de juros e percentuais de financiamento que variam bastante.
Para entrar neste mercado, o BB firmou parceria com a Associação de Poupança e Empréstimo (Poupex), dos ex-combatentes, que tem 25 anos de atuação. Segundo o diretor de Administração Financeira da Poupex, Jairo dos Santos, a preocupação é evitar um dos grandes gargalos do setor:
— Se a documentação estiver em ordem, o contrato sai em 20 dias.
O fato de ser funcionária do Banco do Brasil ajudou a assistente de negócios Priscila Barreto a antecipar a compra de seu imóvel.
— Não esperei nem 15 dias para fazer o meu contrato — afirmou Priscila que conseguiu, juntamente com o marido, financiamento de quase R$86 mil, em 15 anos, para a compra de um apartamento de R$120 mil em Brasília.
O diretor-geral da Abecip, Osvaldo Correa Fonseca, está certo de que o mercado ficará mais atraente para o comprador. Ele diz que a concorrência vai aumentar, resultando em vantagens para o consumidor, como os aumentos do percentual financiado e de prazos para pagamento ou com juros menores:
— Mas há espaço para todos.
Domingos Vargas, superintendente da Caixa Econômica no Rio, diz que o banco está preparado para a chegada do BB ao setor — em 2006, a CEF financiou 602 mil unidades, 90% do total do país:
— Somos competitivos e estamos atentos para alterar nossos programas, caso haja uma demanda do mercado.
O Banco do Brasil se prepara, ainda, para operar com linha própria no segundo semestre deste ano. As condições, garante Molina, serão ainda mais competitivas.