Antes de fazer qualquer compra, o consumidor deve fazer as contas e verificar se o salário vai comportar o compromisso. Financiar um imóvel não foge à regra. A casa própria é um bem que se deve adquirir com calma e atenção. Nada de decisões apaixonadas, recomendam os profissionais do setor e associações de consumidores.
Para ajudar quem planeja fazer um financiamento, a Associação dos Mutuários e Moradores do Estado de São Paulo (Ammesp) lança amanhã uma cartilha sobre as novas medidas do governo para o setor habitacional.
A cartilha se refere à medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1.º de março, que estabeleceu novas regras para bancos e empreendedores imobiliários com o objetivo de incentivar a construção civil e gerar empregos.
Na avaliação do diretor da entidade, Marcelo Donizetti da Silva, o mutuário tem de estar atento antes de assumir uma dívida. “O mutuário deve ter atenção na hora de assinar o contrato.”
A Ammesp vai disponibilizar por 60 dias, além da cartilha, advogados e matemáticos para fazer projeções para quem deseja financiar um imóvel. “Não queremos que o mutuário caia em alguma armadilha”, diz Silva.
O Sindicato da Habitação (Secovi-SP) também fornece dicas em seu site. O decálogo do comprador diz, por exemplo: “”Procure saber de quem está comprando o imóvel, a história da empresa e o que empreendeu.
Mercado – O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Décio Tenerello, acredita que, se o cenário econômico melhorar, e “essa é a tendência”, a taxa de juros básica (Selic) tende a cair e os juros dos financiamentos também. “Com a melhora da economia podemos ter um aumento na demanda”, afirma.
“Se observarmos o aspecto da renda do mutuário, ele deixa de assumir um endividamento como o financiamento habitacional. É preciso aquecer a economia, gerar empregos e assim o consumidor vai buscar a compra da casa própria.”