Uma das principais funções da Casa Cor São Paulo deste ano é exaltar as belezas naturais do Jockey Club paulista. Assim, paisagistas participantes do evento transformaram os jardins do espaço em arte, despertando a atenção dos visitantes.
Inspirado nas casas e na atmosfera do oriente, o Jardim de Entrada, do paisagista Roberto Riscala, tem como proposta ser um ambiente para relaxar e contemplado pelos visitantes. Usando uma pérgula (espécie de galeria) original do Jockey Club de São Paulo, o profissional uniu características mediterrâneas à beleza de um “tropicalismo exuberante”, como ele mesmo define.

Peças exclusivas do Oriente Médio, como vasos esmaltados, cortinas em seda e lustres de cristais marroquinos com velas dão o ar proposto. Ravenalas, espécie de bananeira ornamental, também compõem o cenário, além de azaléias e muitas gardênias que trazem um perfume especial ao local. Outros atrativos são os mosaicos de pedras trazidas da cidade de São Tomé das Letras (MG), que formam grandes painéis em alto relevo nas paredes. As esculturas da artista Anita Kauffman dão o toque final ao jardim de 212 m².

No Jardim do Pomar, em um espaço de 400 m², a arquiteta Caterina Poli e o engenheiro agrônomo Sérgio Menon, ambos paisagistas, incluíram no jardim espaços de estar, espelho d’água, SPA e chuveirão. Para idealizar o projeto, os profissionais se inspiraram em uma casa paulistana, com desenhos de linhas contemporâneas, vegetação e um espaço de lazer “anti-stress” para um público morador de uma grande metrópole. O jardim é adequado às árvores já existentes no Jockey Club, onde vivem mangueiras, goiabeiras, ameixeiras e pitangueiras. Os espaços foram criados ao redor delas e utilizam madeira, pisos cerâmicos, pastilhas de vidro transparente.

Imagens sacras e espelhos d’água integram o Jardim dos Alguidares (vaso de barro ou de metal, em forma de tronco), de 550 m², assinado por Ricardo Pessuto. O artista buscou inspiração nos momentos dedicados ao descanso, prazer e até de oração, mas teve de driblar as interferências arquitetônicas do próprio local para transformar o jardim em um espaço harmonioso.

Respeitando o verde existente no Jockey e a insolação resultante da projeção das copas das árvores, o paisagista Alexandre Furcolin enriqueceu a vegetação do Jardim do Bosque, introduzindo espécies aciadófilas, conhecidas também como “amigas da sombra”. Já o “palmito juçara”, que também integra o ambiente, possui um papel sócio-ambiental. Envolvidos por uma fita preta, é a forma de levar o protesto contra o desmatamento de palmitos, cortados ilegalmente em todo país. Além disso, ocorre durante o evento a distribuição de mudas e folhetos explicativos sobre o assunto. Bancos e praças de convívio acolhem os visitantes e permitem maior integração com a área verde recém-criada.

O evento também ganhou um espaço que leva seu nome, a Praça Casa Cor, do paisagista Gilberto Elkis. O profissional deu atenção especial à acessibilidade do projeto. O acesso ao ambiente só é possível por meio de rampas, respeitando todas as diferenças dos visitantes. O autor inspirou-se nas vilas européias, como as da Itália e da França, já que o evento tem como tema as vilas paulistanas.
Serviço
Casa Cor São Paulo 2008
Local: Jockey Club de São Paulo
Endereço: Av. Lineu de Paula Machado, 875 – Cidade Jardim – SP
Data: 20 de maio a 9 de julho
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h às 21h, inclusive feriados
Ingressos: R$ 30 (adulto – de terça a sexta) e R$ 40 (adulto – sábado, domingo e feriado)
Formas de pagamento: dinheiro, cheque, cartão de crédito e débito
Mais informações: www.casacor.com.br ou pelo telefone (11) 3819-7955
Estacionamento no local: R$ 15
Translado especial para o evento: Vans do Shopping D&D
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