
Ter uma casa ampla, na zona norte de São Paulo. Esta é o objetivo que acaba de ser alcançado pelo ministro evangélico Paulo José da Silva. Após seis anos e cinco meses pagando um consórcio de imóveis, no dia 19 ele assinou o contrato de sua primeira casa. Pai de 4 filhos, Silva comemora: “Agora cada um vai ter seu próprio quarto.” Assim como ele, outras 210 mil pessoas escolheram o consórcio de imóveis no País. Dados da Associação Brasileira de Administradores de Consórcio (Abac), de agosto, apontam um crescimento no setor de 37,6%, em comparação ao mesmo período de 2003, quando o número de consorciados era de 153 mil.
O consórcio de imóveis é baseado na união de pessoas físicas ou jurídicas em grupo fechado, que faz poupança para adquirir um bem. Para compor o grupo não é necessário apresentar comprovante de renda ou fiador. “A análise do crédito só é feita após ser contemplado”, explica o coordenador comercial da Porto Seguro Consórcios, Fábio Braga.
Até ser sorteado ou fazer um lance e receber a carta de crédito, o consumidor é considerado credor. Com a carta nas mãos passa a ser devedor.
Quem dá o lance pode descontar do total da dívida, o que vai diminuir o número das parcelas, ou abater do valor da dívida para que os pagamentos fiquem menores.
Uma das vantagens do negócio apontadas pelo diretor geral da Rodobens Consórcio, Pedro Santos, é a possibilidade de fazer um investimento dentro do poder de compra de cada cliente.
Adquirir um bem de maior valor que a carta de crédito e pagar a diferença ou comprar um imóvel mais barato e abater o que sobrou das parcelas. Este é um dos pontos positivos apontados pelo consórcio do Banco Itaú, que atua no setor. “O consórcio Itaú possui taxas muito atrativas e pode tornar o sonho da casa própria uma realidade com segurança e credibilidade”, afirma o diretor de produtos para pessoa física, Máximo Gonzalez.
Investimento
“Fiz o melhor investimento que existe pelo aspecto financeiro, já que somente é cobrada a taxa de administração”, afirma o contador André Nigro, que fez seu lance no oitavo mês do consórcio, comprou o apartamento e saiu do aluguel. Ele diz que o consorciado deve calcular suas possibilidades e observar os sorteios antes de fazer o lance. “A prestação agora ficou mais baixa que o aluguel.” O valor do crédito das empresas varia. No caso da Rodobens o cliente pode optar por valores de R$ 35 mil a R$ 200 mil. Já na Porto Seguro, a escolha vai de R$ 30 mil a R$ 150 mil, mesmos valores oferecidos pelo Banco Itaú.
“Se eu não tivesse feito o consórcio, não conseguiria economizar o dinheiro”, conta o ministro evangélico Silva.
Os prazos variam, na maioria dos consórcios, de 60 meses a 120 meses. Antes de optar pelo valor do crédito, o consumidor precisa saber o tipo de imóvel que deseja comprar.
O Procon de São Paulo aconselha ao consumidor que conheça as condições de cada empresa e compare preços.
Serviço
www.abac.org.br; www.procon.sp.gov.br www.rodobens.com.br; www.portoseguro.com.br www.itau.com.br