Os flats passaram momentos nebulosos, mas o seu conceito está definitivamente arraigado nos novos lançamentos de São Paulo. Os prédios erguidos pelas construtoras já incorporaram, por exemplo, os serviços de limpeza, mensageiro e lavanderia oferecidos há pelo menos 20 anos pela maioria dos prédios destinados à locação.
A crescente demanda por esse tipo de serviço foi sentida pelas empresas e a oferta de serviços dessa natureza contribuiu para acirrar a concorrência entre os flats. “As imobiliárias e outros parceiros que vendem os apartamentos começaram a sentir essa necessidade e as construtoras passaram a investir”, diz Newman Brito, diretor da Schahin Desenvolvimento Imobiliário.
A própria Schahin lançou, em novembro, um novo condomínio que foi batizado de Futtura Condomínio Club. Uma das três torres do empreendimento localizado na Zona Sul tem até sala de cinema.
A diferença crucial dos condomínios em relação aos flats é o preço cobrado pelos serviços prestados. Nos prédios com unidades de um dormitório, e administrados como se fossem um hotel, camareiras, mensageiros e outras comodidades costumam estar inclusos na taxa mensal paga – cerca de 30% a 40% maior do que o valor cobrado nos condomínios residenciais.
Nos empreendimentos particulares essa facilidade costuma ser paga separadamente pelos moradores, apenas quando o serviço é utilizado, o chamado ‘pay-per-use’.
Seja num flat ou num condomínio convencional, o morador precisa avaliar se vale a pena gastar por tanta comodidade. “Quando uma pessoa busca um imóvel, tem de levar em consideração se tudo será de utilidade”, ensina Hubert Gebara, vice-presidente do Secovi.