
Os financiamentos habitacionais feitos por bancos privados, com recursos da caderneta de poupança, somaram R$ R$ 1.676 bilhão nos primeiros cinco meses deste ano. Isto significa que houve um crescimento de 59,7% nas contratações em comparação ao mesmo período de 2004. “Esperamos encerrar o primeiro semestre com R$ 2 bilhões contratados pelo crédito imobiliário”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Poupança e Crédito (Abecip), Décio Tenerello. “A expectativa é de que o ano feche com R$ 4 bilhões financiados contra R$ 3 bilhões do ano passado.
Este crescimento tem como principais motivadores, na avaliação de Tenerello, a melhora de renda do brasileiro e o grande volume de lançamentos imobiliários. Cerca de 50% do valor do crédito imobiliário foi contratado por incorporadoras ou construtoras. A outra metade é de pessoas físicas que adquirem a casa própria.
O perfil dos lançamentos que impulsionaram o crescimento da tomada de crédito imobiliário para a classe média e média baixa. “São imóveis com preços entre R$ 100 mil e R$ 150 mil”, diz Tenerello.
Os bancos do Sistema Brasileiro de Poupança e Crédito (SBPE) movimentaram R$ 771,4 milhões em abril e maio.
“MP do bem”
Para o presidente da Abecip, a “MP do Bem” foi benéfica para o setor imobiliário e consumidores. “Um fato importante foi definirem 7% o imposto a ser pago no patrimônio de afetação”, afirma Tenerello. Até então, segundo ele, os empresários acabavam não optando pelo patrimônio de afetação (que protege o empreendimento de quebra da empresa, por exemplo) por que o custo era muito elevado. “Isto vai melhorar as condições para os empresários a adotar a medida”, acredita.