
Comprar um imóvel é tarefa que requer sempre muito cuidado. Mas quando se trata do primeiro, é melhor redobrar a atenção por conta de algum desconhecimento.
E não importa o tipo de imóvel, se residencial ou comercial. É preciso conhecer em detalhes o que se está comprando, quais são os riscos e as vantagens.
O diretor-superintendente do Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais de São Paulo (Inocoop-SP), Richard Morethon Treacher, ressalta que há vários quesitos a considerar, para evitar futuras dores de cabeça.
E faz um alerta: “A ansiedade para realizar a compra pode fazer com que o imóvel adquirido não seja o esperado”.
Preço e qualidade das instalações são fatores determinantes na escolha do imóvel, segundo ele. “O comprador deve estar ciente das condições de pagamento, se terá como arcar com as prestações, com o condomínio, se for apartamento, e o IPTU.”
Outra dica do especialista é comparar o preço do metro quadrado de área útil. “Muitas vezes o espaço da garagem e outras áreas do prédio já estão incluídos na metragem do imóvel”.
Segundo Trecher seria ideal que a pessoa tivesse conhecimento de assuntos como matrículas, averbações e registros de incorporação. Mas como na maioria dos casos isso não ocorre, o melhor mesmo é procurar o auxílio de um advogado ou imobiliária de confiança.
Boa Alternativa
Depois de anos pagando o aluguel, a assistente social Norma Nélia Correia Nunes realizou o sonho de ter o próprio imóvel. E a decisão da compra veio após ter sido notificada pelo dono do imóvel onde morava, que ela deveria sair, porque ia precisar ocupá-lo.
Era a hora de buscar o seu próprio espaço. E depois de dois meses de procura, Norma encontrou um apartamento recém-lançado de três dormitórios. O imóvel, de 72 m², é próximo do trabalho dela e da escola dos filhos. “Tudo foi colocado no papel, mas o principal foi a questão da localização e as boas condições de financiamento”.
Investimento
Há dois meses, ao adquirir a casa de três dormitórios, em um condomínio fechado, na cidade de Jacareí, interior paulista, Neusa Fortunato Barros, viu a compra como um investimento. Ela, assim como Norma, morava de aluguel. “A melhor coisa foi ter comprado a casa. Vou conservá-la para que ela não perca valorização”.
Neusa já sabia que seu primeiro imóvel seria um apartamento ou uma casa em condomínio fechado, por questões de segurança. “Me sinto tranquila em sair e deixar meus filhos em casa”. Para Neusa, outros fatores como o preço baixo e a localização, no centro da cidade, também pesaram na decisão de compra.