
Chegou a hora de pintar a casa e ideias de novas cores invadem a cabeça do morador. Mas, junto com elas, vêm também as dúvidas sobre quais tonalidades casam bem, quais podem “levantar” um ambiente ou torná-lo triste, o que está na moda e o que é over. Durante 15 dias, a designer de interiores Andrea Vivas respondeu às dúvidas dos leitores. Como a do internauta Eduardo, que mora numa casa antiga, com paredes internas brancas, portas internas na cor cinza e janelas e portas de saída vermelhas. Será que ele poderia mudar o tom das paredes dos quartos? Segundo Andrea, sim, pois a pintura desses cômodos em cores diferentes não afetaria a unidade de linguagem do imóvel como um todo.
“Os quartos são lugares estanques e isso faz com que não percebamos todas as cores ao mesmo tempo, não atrapalhando a harmonia da casa”, opina.

Uma dúvida frequente é sobre a possibilidade de pintar uma única parede do cômodo com uma cor diferente. A opção é bem recebida por Andrea Vivas, sendo um bom recurso para criar um detalhe. O segredo é analisar as cores de móveis e demais objetos do ambiente, respeitando sempre a harmonia de tonalidades. A designer ressalta ainda que certas cores, como o preto, podem inclusive criar uma sensação de amplitude quando aplicadas numa só parede. Se o tom for mais forte, é preciso observar se não ficará cansativo aos olhos. A internauta Vanessa, por exemplo, quer mudar a cor da parede do fundo de sua sala, mas está na dúvida entre uma textura grafiato, em uma cor escura, ou papel de parede. Neste caso, o segredo, segundo Andrea, é observar o custo-benefício de cada opção:
“O grafiato dará um resultado mais rústico na aparência e no toque, mas acumula mais sujeira. Por outro lado, o papel costuma ser mais caro.”
Já o leitor João Batista de Souza tem uma casa de madeira, com estilo rústico, e precisava saber que cores seriam adequadas para os ambientes de maneira geral.
“Com o uso da madeira, a cor branca ou off white é sempre bem-vinda, mas não significa que não se possa usar em algum ambiente um detalhe colorido, seja escuro ou claro. Vai depender do que se deseja em cada cômodo”, ressalta Andrea.
E num hall de elevador pequeno, sem luz natural e pouco iluminado artificialmente para fazer economia de luz? Pode-se fazer uma parede colorida e as demais gelo branco, pergunta a internauta Elizabeth? Segundo a designer de interiores, não é a melhor opção:
“Gosto de hall de elevadores na cor escura, mesmo sem luz natural, pois fica mais aconchegante e cria uma expectativa para ser atendido pelo anfitrião. Vinho, verde oliva ou mostarda com uma luz fraca são uma solução simples, barata e com resultado positivo. De qualquer maneira, a luz artificial terá que ser acesa.”

As cores dos móveis e das cortinas também causam hesitação nos moradores. O internauta Maurício da Silva Carvalho não sabia que tom usar nas cortinas, uma vez que as paredes e o piso do ambiente são brancos, com o rejunte marrom escuro. Segundo Andrea Vivas, o ideal é uma cortina branca bem transparente. No caso da leitora Nina, que está escolhendo uma cor para o sofá que case com paredes verde erva doce; portas, portais e rodapé em madeira envernizadas; teto branco; e mesa de centro, aparador e rack em mármore, a designer sugere o marrom, se o piso for claro – caso seja escuro, diz ela, bege ou branco seriam as melhores opções.
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