Além de não acreditar em prazos, setor imobiliário tem desconfianças com relação à implementação do programa em São Paulo, devido à complexidade do plano diretor do município.
Sérgio Watanabe, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon), acredita que a negociação para construção de casas na cidade seja problemática.
“Não existem mais áreas disponíveis para conjuntos habitacionais. Um conjunto de mil unidades habitacionais, escala média para que seja viável e rentável, precisaria de um terreno de 80 mil m²”, explica. Como o déficit está concentrado nas áreas metropolitanas, teria de ocorrer um deslocamento para áreas mais afastadas. Além disso, cita Watanabe, é necessário que haja um redimensionamento dos preços das unidades no Estado. “O foco deve ser a Região Metropolitana em detrimento da capital.”
João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), acredita que os conjuntos devem ser construídos em cidades como Santos, Sorocaba, Guarulhos e Poá, que ainda possuem grandes terrenos.
Ele também critica o plano diretor da cidade. “Ele é elitista e não facilita construções para a baixa renda. Não adianta querer fazer de imediato, falar que tem de terminar as casas em 2010. O importante é iniciar nos próximos seis meses”, conclui.