O governo neozelandês anunciou um plano para proibir o uso da lâmpada incandescente a partir de outubro de 2009, segundo um comunicado de imprensa emitido pelo departamento de energia da Nova Zelândia. A estratégia do governo tem como objetivo baixar o consumo energético em 20% antes de 2015 e economizar cerca de US$ 380 milhões a partir de 2020.
O ministro da Energia daquele país, David Parker, afirmou que a lâmpada tradicional é uma tecnologia muito velha, ineficaz. “Só 5% da energia que utiliza gera luz, o resto é calor inútil”, disse. O gerente de marketing da Osram, empresa que fabrica materiais de iluminação, Marcos Ellert, diz que as lâmpadas fluorescentes produzem a mesma quantidade de luz consumindo 80% menos energia. Além disso, de acordo com o gerente, esse tipo de equipamento dura dez vezes mais que as lâmpadas incandescentes e aquece menos o ambiente.
Esta economia no setor de iluminação oferece dois benefícios: diminui o consumo de energia elétrica, gerando redução de até 13% na conta de luz de uma residência e garante uma real contribuição para a proteção do meio ambiente. “A iluminação é responsável por 19% do consumo de eletricidade mundial. Uma quantia muito grande para simplesmente ignorarmos”, afirma Ellert.
A funcionária pública Lourdes F. de Jesus pôde comprovar esta economia ao trocar todas as lâmpadas da tecnologia antiga de seu apartamento pelas fluorescentes. Ela afirma que houve uma redução de 20% em sua conta de energia. “Não imaginava que a economia seria tanta. Realmente compensou.”
Não é só benefício financeiro que se pode obter com essas mudanças. O uso de lâmpadas fluorescentes emitem menos CO2 na atmosfera. Com a substituição de 39 lâmpadas incandescentes comuns por lâmpadas fluorescentes, é possível deixar de emitir 350 kg de CO2, o equivalente ao que 17 árvores podem absorver em um ano, segundo cálculos da Osram.
Lâmpadas fluorescentes exigem mais cautela no momento do descarte, pois não podem ser deixadas no lixo comum, como as incandescentes. Essas peças contêm quantidades pequenas de mercúrio, que é nocivo às pessoas e ao meio ambiente. Essas lâmpadas precisam ser enviadas para reciclagem apropriada.
No estado de São Paulo há a Apliquim, empresa especializada em engenharia ambiental que desenvolve um trabalho de reciclagem de lâmpadas. A Apliquim faz a coleta, mas cobra para retirar o material nas residências ou empresas. A coleta de até cem lâmpadas custa R$ 82. Por isso, o diretor de projetos da Apliquim, Norberto Gaviolle, recomenda que as pessoas se juntem para conseguir um número maior de lâmpadas. Desta forma, o custo pode ser diluído, tornando-se mais acessível.
Outra opção na capital paulista é a empresa CIME, distribuidora de materiais elétricos, situada na Lapa. Qualquer pessoa pode deixar a lâmpada já utilizada, para descarte, pelo valor de R$ 0,50 a unidade. Já às pessoas de outros estados, Gaviolle orienta que procurem nas prefeituras por programas de reciclagem de lâmpadas.
Nas lojas
As lâmpadas fluorescentes trazem vários benefícios, mas são mais caras que as incandescentes. Enquanto uma lâmpada básica incandescente é encontrada, em média, por R$ 1,50, a básica fluorescente custa cerca de R$ 9,50. Diversas marcas estão no mercado, como Philips, FLC, OSRAM e Taschibra. Veja os modelos mais comuns:

Fluorescentes tubulares – mais utilizadas nas áreas comerciais e industriais.
R$ 9,90 a R$ 11,50

Fluorescentes compactas – indicadas para uso comercial, institucional ou residencial.
R$ 10,50 a R$ 13

Luz Mista – é uma alternativa mais eficiente para a substituição de lâmpadas incandescentes.
R$ 22 a R$ 27

Vapor de Mercúrio – são normalmente utilizadas em vias públicas e áreas industriais.
R$ 23 a R$ 25
Vapor de sódio – indicadas para áreas comerciais, hotéis, exposições, edifícios históricos, teatros e estandes.
R$ 23 a R$ 26,50
Serviço
Apliquim
Tel. (19) 3884-8140 / 3884-8141
www.apliquim.com.br
CIME
Tel. (11) 3674-3000
www.cime.com.br