Nos Estados Unidos, o gato tem firmado seu lugar entre os animais de companhia e já supera o número de cachorros.
A perspectiva é que o mesmo aconteça, em breve, no Brasil afirma o veterinário Alexandre Lima.
Ele explica que, antigamente, os gatos ficavam do lado de fora da casa, caçando ratos e outras pragas. Por causa desse hábito, eram conhecidos como propagadores de doenças e como animais que não gostavam de humanos. A desmitificação só ocorreu quando os felinos entraram no ambiente doméstico.
É fácil entender os motivos para se ter um gato: não é preciso levá-lo para passear ou ensiná-lo a fazer suas necessidades no lugar correto, ocupam pouco espaço e podem ficar até três dias em casa sem companhia.
Basta um bom prato de comida, água à vontade e brinquedos que o gato se vira. Hoje, com o pouco tempo que as pessoas têm para se dedicar a pets, ele parece o animal perfeito.
Os gatos tendem a se equiparar aos humanos, ao contrário dos cães, que se sentem inferiores. Por isso, quando o dono chama, o gato não atende prontamente, ele vai se quiser lembra o veterinário.
Mas dizer que os bichanos gostam da casa e não do dono é uma injustiça eles podem, sim, ser carinhosos. O tipo de criação, é claro, faz diferença. Se os acostumamos desde pequenos com a presença de outros animais e de crianças na casa, eles se adaptarão perfeitamente.
Persa (foto) é uma raça dócil
Outro fator importante é a raça. O gato persa, por exemplo, é um dos mais populares por ser extremamente manso.
É do tipo que pula em cima do teclado para pedir atenção conta Lima.
A raça ragdoll (“boneca de pano”, em inglês) também é companheira. O nome, inclusive, remete ao hábito que esse gato tem de se esparramar quando acariciado pelo dono. O mainecoon, em contrapartida, é um felino grande e esperto.
Essa raça é fantástica! Extremamente dócil e companheiro, o bicho tende a ser mais brincalhão quando pequeno. O mainecoon pode chegar até os 13 quilos e, como fica grande e pesado, torna-se mais tranquilo depois de adulto explica a veterinária Vanessa Pimentel.
O siamês é outro gato bastante conhecido, embora haja uma confusão grande na hora de identificá-lo.
No Brasil, qualquer gato claro que tenha as pernas e o rabo escuros é considerado siamês aponta Vanessa.
O primo brasileiro é mais arredondado do que o original. Em todo caso, trata-se de um gato arisco, que não gosta de colo nem de abraço.
Apesar disso, é bastante companheiro e conhecido por ser “falante”, acompanhando o dono sempre e miando em resposta a qualquer coisa que ele diz relata Alexandre Lima.
E, claro, não dá para esquecer os vira-latas. Segundo Vanessa, 70% dos gatos que atende são de raça não definida. A veterinária explica que, por terem muitas raças misturadas em sua ascendência, a personalidade deles não é muito previsível.
Acho que cada gato já nasce com personalidade própria, que nem os humanos. Mas com certeza o ambiente em que o gato foi criado faz a diferença acredita a veterinária.
Quando o gato é criado perto de humanos, tende a ser mais tranquilo. Se, ao contrário, crescer na presença de muitos outros gatos, tende a ser mais arisco.
Leia mais
>> Qual raça combina melhor com apartamento?
>> Como preparar a casa para receber o pet?
>> Veja como ajudar um novo bicho de estimação
a se adaptar à nova casa
>> Veja dicas para proteger o sofá contra os pets
>> Confira recomendações para viajar com o pet