Com a saturação urbanística de algumas regiões e a eminente queda no número de lançamentos na capital paulista ao final do ano, o prefeito eleito por São Paulo, Fernando Haddad (PT), prometeu estimular o mercado imobiliário assim que iniciar o seu mandato.
A principal reclamação das empresas do setor é, além da dificuldade de aprovações de novos projetos, a redução dos estoques de outorga onerosa – espécie de cota adquirida pelas construtoras junto à prefeitura para construir acima do limite estabelecido em cada bairro.

Segundo o Secovi, o sindicato da habitação, muitos distritos já esgotaram os estoques de outorgas e outros estão próximos do limite. Isso tem elevado o custo da compra de terrenos e estimulado os construtores a migrar para outras cidades, como Guarulhos, que lidera os lançamentos na Grande São Paulo.
“Em um encontro que tivemos, Haddad me disse que vai nos ajudar com estas questões burocráticas que temos enfrentado”, assegurou o presidente do Secovi, Claudio Bernardes, em entrevista exclusiva ao ZAP Imóveis em evento em São Paulo durante a semana.
Por isso, a expectativa do executivo da entidade para o ano que vem é de crescimento com a volta da alta dos lançamentos. “Em 2013, esperamos que o mercado acompanhe a economia”, completou Bernardes.
O Secovi previa 30 mil unidades lançadas na Capital neste ano. Até setembro, mês do último balanço, haviam sido 16.482.

Nesta sexta-feira, Haddad anunciou que irá transferir o Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov) da Secretaria de Habitação para a Secretaria de Controle Urbano.
Na administração de Gilberto Kassab (PSD), o órgão foi envolvido em um escândalo envolvendo o então diretor Hussain Aref Saab, hoje investigado por corrupção e enriquecimento ilícito pelo Ministério Público.