
No tempo de nossas avós, o living era um cômodo com um ar formal, voltado para as visitas. Não era muito comum que a família circulasse por lá, já que tudo devia estar milimetricamente arrumado. Hoje, a sala de estar é, mais do que nunca, um espaço de convivência da família. E uma das atividades mais apreciadas nesse ambiente são os jogos. Sinuca, totó, cartas, xadrez ou o que mais se tiver em mente.

Antenada com a tendência, a arquiteta Eliane Fiúza sugeriu a seu cliente — ele queria uma mesa de sinuca na sala — que optasse por algo que ocupasse uma área menor. Numa revista, ele descobriu uma mesa de totó de acrílico e foi amor à primeira vista. Eliane, então, fez várias tentativas para descobrir onde o móvel era vendido até conseguir contato com a Associação Brasileira de Pebolim. Daí, foi só encomendar a mesa, feita artesanalmente em São Paulo, para o projeto.
— O resultado foi o que imaginei, inclusive com uma iluminação interna, que é um charme, à noite. Não queria usar uma mesa tradicional de totó. Ganhamos um espaço lúdico — diz Eliane, acentuando que a luminária em formato de lâmpada combinou com o estilo da mesa.
Cantos que sejam multifuncionais

Mesa de totó também foi a opção da arquiteta Andrea Chicharo, ao bolar a sala de uma família, no Jardim Botânico. A seu lado, uma bateria. No chão, Andrea usou piso marmoleum, de borracha, que permite uma limpeza fácil.

— Já foi o tempo em que a sala de estar era reservada só para as visitas. Hoje as pessoas querem aproveitar esse ambiente, e não deixá-lo só de enfeite. A idéia é que os membros da família possam conviver, praticando atividades juntos — afirma.
Em busca de um cantinho que fosse multifuncional para adolescentes, num projeto feito para um apartamento na Zona Sul, a arquiteta Valéria Marques acabou optando por uma mesa de pingue-pongue retrátil, que abre espaço para um tatame em que os dois filhos da dona da casa praticam jiu-jítsu:
— Dividi a sala ao meio: metade para o lounge com TV e metade para jogos. O piso é de pedra São Tomé, crua, para ser fácil de lavar.

Já Ana Lúcia Jucá prefere recorrer à clássica mesa redonda para jogos. Para um cliente que adora pôquer, sugeriu um modelo com tampo de couro:
— Serve também para tomar um drinque, não ocupa muito espaço e se encaixa em qualquer ambiente.