Oferta de imóveis em alta e crédito farto com prazo atraente.
A conjunção desses fatores são os argumentos contra as previsões pessimistas sobre o setor imobiliário. Não bastassem essas evidências factuais de prosperidade, há ainda dados subjetivos importantes. O brasileiro compra sua moradia
pensando no longo prazo.
O consumidor médio do país evita negociações com hipotecas
e jogadas com dívidas – elementos que costumam fomentar crises no sistema (como no caso recente da crise norte-americana do setor, cujos atrasos nas hipotecas pôs a economia mundial em crise). Ao contrário, quem consegue
realizar o sonho da casa própria deseja manter esse patrimônio
por décadas. Pensa no bem estar e na segurança da família.
Assume um compromisso que tem peso e significado diferentes dos notados em outras economias.
Juntem-se a esses fatores de estabilidade as regras brasileiras,
bastantes rígidas, destinadas à proteção aos bancos que emprestam dinheiro e dos consumidores que adquirem os imóveis. O resultado é um mercado em desenvolvimento e preparado para eventuais turbulências.
*Eduardo Telles é responsável por toda a área comercial da
Incorporadora Agra