
A estabilidade da moeda e o programa “Minha casa, minha vida” facilitaram o acesso e o entendimento do crédito habitacional no Brasil. Mas, ao que parece, a presidente Dilma Rousseff quer mais. De acordo com a colunista Flávia Oliveira, do jornal “O Globo”, a presidente teria pedido uma parceria entre o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal para ampliar a oferta de financiamento para moradias. A medida ainda está em fase de estudos, mas, de acordo com os simuladores de financiamento dos dois bancos, o pedido de Dilma vai exigir muito trabalho de ambos para se acertarem.
No site das duas instituições, é possível simular como ficaria um financiamento de um imóvel de R$ 100 mil para uma família com renda de R$ 2.100 pelo programa “Minha casa, minha vida”. O resultado que o Extra encontrou deixou confuso até mesmo experientes economistas. Imagine o candidato a mutuário?
Enquanto na Caixa é preciso dar uma entrada de R$ 448,95, no BB ela não é necessária. O que começa estranho ainda piora: o valor das parcelas que, de acordo com a tabela SAC, utilizada pelos dois bancos, deveria ser decrescente, no BB, é variável.
Isso porque o banco utiliza um valor para o Fundo Garantidor da Habitação (o equivalente ao seguro), de forma inconstante. Se, na primeira parcela, o mutuário pagaria um montante de R$ 12,78 para o seguro, na última, o valor pago subiria para R$ 20,93.
Na Caixa, este seguro é fixo, no valor de R$ 12,59 por mês. Ou seja, a única variável comum aos dois bancos seria o subsídio do governo, calculado em cima da renda, que seria de R$ 12.388 em ambos os casos.
A diferença no valor final de um imóvel de R$ 100 mil seria de apenas R$ 586,35, mas deve subir em financiamentos maiores.