Três anos depois de inauguradas na Avenida Engenheiro Caetano Álvares, as novas instalações do Fórum de Santana colaboram para a revitalização de uma parte do bairro da Casa Verde. Mas além das melhorias no entorno, como a instalação de empresas de prestação de serviços, cidadãos, juízes e advogados comemoram os avanços no atendimento.
Todo esse afluxo de pessoas para a região colaborou para a revitalização do trecho da Avenida Engenheiro Caetano Álvares, principalmente entre os números 123 e 483. Papelarias, lanchonetes e restaurantes foram os empreendimentos que pegaram carona no movimento provocado pelo fórum. “Agora (o entorno)está crescendo bastante e a tendência é aumentar”, afirma a juíza Ana Lúcia Schimdt Corrêa.
As novas instalações do Fórum foram inauguradas em setembro de 2002. Antes disso, o órgão do Poder Judiciário funcionava em um prédio nas esquinas da Rua Darzan com a Avenida Cruzeiro do Sul.
De acordo com o juiz diretor, Raul José de Felice, os dois prédios são alugados, mas o atual foi projetado para receber uma grande repartição pública. “O prédio anterior era insuficiente, com corredores estreitos que não foram concebidos para grandes públicos”, afirma.
Cerca de 5 mil pessoas circulam diariamente no espaço. Segundo a juíza Ana Lúcia,se por um lado as pessoas estão mais satisfeitas com as instalações, por outro, reclamam da localização. “Elas se sentem mais respeitadas, com salas amplas e mesas adequadas, porém, sentem a falta de acesso fácil por ônibus”, diz. No antigo endereço, era possível chegar via metrô, pelo Terminal Santana.
Para contornar esse problema, o juiz diretor do Fórum vai enviar um segundo ofício para a SPTrans, solicitando a inclusão de uma linha que faça a ligação com alguma estação do metrô. Na época da inauguração, até mesmo os funcionários fizeram um abaixo-assinado para cobrar mais opções de transporte.
Se por um lado as distâncias aumentaram para quem precisa chegar ao prédio, por outro foram encurtadas para quem precisava participar de audiências. É que o Tribunal do Júri da Zona Norte ficava em um prédio no Jabaquara. A mudança do tribunal para a região ocorreu em 2003 e as sessões podem ser realizadas em três salões chamados de plenárias.
No prédio também funcionam nove varas cíveis, quatro criminais, quatro de família, uma de infância e um juizado especial. Para manter toda essa estrutura operativa, cerca de 850 funcionários trabalham no fórum.