Efeito “aquecimento global” faz construtoras apostarem na construção de empreendimentos ecológicos que trazem economia na taxa de condomínio
Os imóveis ficaram verdes. As recentes preocupações com a ameaça do aquecimento global tem levado as construtoras a apostar em modelos de empreendimentos que aliam o conforto dos condomínios convencionais com uma inovadora sustentabilidade.
Na busca por um público cada vez mais conscientizado sobre o respeito ao meio ambiente e às práticas socialmente responsáveis, vale tudo. No mercado imobiliário do Rio, podemos encontrar lançamentos com sistema de reaproveitamento de água, coleta seletiva de lixo, madeira reflorestada, lâmpadas econômicas e até mesmo um bosque.
Especializada em construções verdes, a paulista Ecoesfera acaba de aportar na cidade. Na bagagem, trouxe três empreendimentos auto-sustentáveis: os Ecolife do Recreio dos Bandeirantes e da Freguesia e o Ecoway Mapendi, na Taquara. Os apartamentos – de dois ou três quartos – custam, em média, R$228 mil.
Ecologia reduz custos
Comprador de primeira hora, o corretor de imóveis Roberto Sandy, de 51 anos, não economiza elogios ao empreendimento. Segundo ele, além da preocupação ambiental, o que mais lhe atraiu foi a promessa de baixo custo da taxa de condomínio.
– É um prédio inteligente. E, com a economia feita no reaproveitamento da água e na reciclagem do lixo, os custos do condomínio caem bastante. Devo pagar R$288 por mês, num endereço nobre da cidade – disse.
Morador da Tijuca, ele pretende se mudar para o novo imóvel tão logo este fique pronto. Roberto convenceu ainda seu filho a adquirir um apartamento no condomínio.
Empresa que instala sistema de aproveitamento da água da chuva, a Cosch vêm atraindo a construção civil. De acordo com Romualdo Ayres, diretor da empresa, antes a procura era feita, basicamente, pela indústria.
– O mercado imobiliário parece estar acordando para a consciência ambiental – avaliou Ayres.