Quem gosta de carro quer ter referências do mundo automotivo até dentro de casa. Já quem tem criatividade enxerga que uma peça antiga de automóvel pode virar matéria-prima de um objeto decorativo. A história do produtor de televisão e jornalista Márcio Murta passa pelas duas situações. Louco por carros, ele sempre considerou alguns componentes mecânicos muito bonitos. Começou a guardar algumas peças por apego. Depois, achou que seria bacana começar a usá-las como decoração. Foi quando teve a ideia de desenvolver peças decorativas para casa.
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A primeira delas foi um abajur. Feito em cima de comando de válvulas de Volkswagen Fusca e montada artesanalmente. São dois os tipos de acabamento: enferrujado e com tratamento, sem ferrugem – enquanto são três opções de cúpulas: preta, cinza e vermelha.

O processo é um pouco trabalhoso. Os eixos dos abajures são submetidos a tratamento químico para retirar a ferrugem. Depois de os limpar com gasolina e os secar, com pano e exposição ao sol, ele enverniza as peças. “Consigo um produto que não vai se oxidando com o tempo, e que não apresenta cheiros característicos. Os demais processos são de montagem, que não demandam limpeza específica”, explica Murta.

As empresárias e sócias Fernanda Ruivo, Stephanie Schargel e Tatiana Sotolani tiveram uma ideia semelhante a de Murta quando resolveram criar a Matto. A vontade de reaproveitar as peças de carro vem de duas das sócias. O pai da Stephanie Schargel, Cássio Schargel, é proprietário de uma oficina mecânica e ela cresceu dentro deste universo. Já o marido de Tatiana Sotolani, Fernando Chinelli, é engenheiro automobilístico, e eles estão sempre em feiras de carros antigos e na companhia dos amigos colecionadores de carros. “Nós três enxergamos as belezas das peças, que são de metais, com acabamentos lindos. Até mesmo os desgastes as tornam mais bonitas ainda, refletem suas histórias e usos”, conta Stephanie.

Os componentes, que viram vasos de plantas, são “resgatados” em oficinas. Não existe uma regra fixa para a seleção. “Escolhemos peças que consideramos esteticamente bonitas para nosso projeto e que seja viável a plantarmos. A maioria das peças são vazadas, neste casos nós levamos em um parceiro vidraceiro, que faz toda a vedação das peças em vidro e acrílico”, explica Fernanda. Depois de escolhidas, as peças são limpas com diesel, impermeabilizadas com verniz e vedadas. O último passo é a plantação de mudas. “A parte que mais gostosa é plantar. É quase uma terapia e juntamente com isso é olhar que temos que ter com as peças, para fazermos um vaso novo, contemporâneo e novo”, derrete-se Tatiana.

Ideias como essas entusiasmam os apaixonados por veículos, como o empresário Fabio Castellotti. Em sua sala de estar, além de um jogo de rodas BBS montado com pneus Yokohama Advan Slick de competição, ele tem um banco de corrida Sparco, no “estilo concha”, como local de assento. Ainda coleciona latas de óleo de alta performance e diversos manômetros (de pressão, temperatura, ar/ratio), como objetos de estante. “Alguns deles têm detalhes e desenhos que são considerados arte, assim como um quadro ou uma escultura. Mas a principal razão para ter esses objetos em casa é o bem estar que eles me proporcionam”, conta ele, que gostaria de ter um bloco de motor V12, também na sala. “Mas não como apoio de mesa de centro, que é comumente usado, e sim da forma mais pura: contemplando o bloco como se fosse um busto de bronze ou um vaso, em cima de um pedestal”, completa.

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