
Peças de artistas renomados dentro de casa dão um toque especial aos ambientes. Para a arquiteta e designer Alessandra Delgado, diretora da Girona Design, as peças assinadas por designers sempre agregam valor ao local, pois são diferenciadas. “Seu visual oferece personalidade à decoração, tornando o ambiente único. São produtos que têm história para contar e, portanto, serão eternos”, avalia.
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Na opinião de Alessandra, essas peças devem ter destaque. “A decoração ao redor recebe o papel apenas de coadjuvante. Assim, a recomendação é utilizar em volta das peças assinadas apenas móveis básicos”, orienta.
Para a arquiteta Laurimar Coelho, ao usar uma dessas obras de artistas famosos, é importante observar o estilo do artista e qual a proposta do objeto. “Romero Britto, por exemplo, esbanja cores e está mais ligado a ambientes joviais. Mas nada impede que o projeto inclua uma de suas obras em um ambiente clássico como contraponto”, sugere.
A arquiteta reforça que a iluminação bem estudada também deve estar presente para valorizar a peça. “Não adianta gastar uma quantia significativa com uma peça valiosa se ela não tem seu merecido destaque no ambiente”, reforça.
Laurimar lembra que é preciso analisar bem a autenticidade antes de dar às obras um destaque mais do que especial. “Cópias também valem, desde que bem feitas e assumidamente cópias”, adverte.
A arquiteta Evelin Sayar, por exemplo, utilizou em um projeto estampas de Adriana Barra. Segundo Evelin, a cliente sempre foi apaixonada pelas estampas da estilista.
Por conta disso, Evelin propôs dar um destaque pontual ao projeto, colocando o tecido da estilista na chaise que fica no centro da sala, dando o destaque que a peça mereceu.
Coleção – Alessandra conta que a coleção 2014 da Girona Design terá uma linha completa de móveis assinados pelo escritório André Cruz Design & Ideias. As peças são baseadas em três conceitos muito comuns nos traços de André Cruz: o caráter escultórico, a leveza e o refinamento, tudo aliado ao potencial da madeira.
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As peças inspiradas na geometria misturam materiais e acabamentos e são trabalhadas de forma facetada, com recortes que criam uma sensação de profundidade, como na mesa Giord.

“Este móvel possui volumes simétricos dentro de espaços vazados, como se uma escultura fosse colocada dentro de uma moldura”, explica André Cruz. Já o rack Espelhos possui o recorte de peças espelhadas de maneira chapada. “Gosto de criar peças atemporais, que não seguem tendências e subvertem sua principal função, é uma base de mesa, mas também é obra de arte”, afirma Cruz.