Paisagens à parte, dizem que o Rio e a Toscana guardam algumas semelhanças. No quesito decoração, elas estariam na valorização do estilo “chique despojado”, com destaque para peças cujo aspecto envelhecido parece carregar um século de história.

Acostumada a viajar mundo afora em busca de peças únicas para o depósito O Galpão, a empresária Teresa Pellitteri aposta em potes decorativos que mais parecem baldes. Eles são esculpidos em madeira teca e, segundo ela, são perfeitos para compor um ambiente à la Toscana.
“O visual romântico dos campos de flores, dos vinhedos e a mesa farta da região são características muito marcantes no nosso imaginário. E essas peças trazem um pouco desta atmosfera para a decoração, uma vez que podem ser usados para armazenar lenha, alimentos ou até mesmo como cachepôs para flores, remetendo a um ambiente rústico e elegante”, diz Teresa.
Sócios, a dupla Cláudia Carvalho e Dílson Abdalla vive na ponte aérea Brasil-China em busca de peças para abastecer o depósito Rug Hold. O curioso é que muitas, nem de longe, lembram a tradicional estética chinesa. É o caso de recém-chegada linha de móveis de madeira de demolição lavada. São, entre outros, aparadores, estantes, mesinhas de centro, armários, bancos e espelhos que se destacam pelo aspecto rústico.

“Depois de lixada, a madeira recebe uma aplicação de seladora para proteção, o que garante um acabamento mais claro e um visual leve. Para quem gosta de uma decoração que tira partido das ações do tempo, essas peças são um achado, conjugam charme e história”, diz Cláudia.
Para o designer de interiores Leonardo de Magalhães Pinto, que assinou, no Casa Cor Rio, um ambiente inspirado na Toscana, a dica é usar elementos que remetam às antigas e rústicas construções rurais.
“Pode ser um piso rústico de madeira clara, uma tapeçaria numa das paredes, arandelas de ferro, vasos com limoeiros.”
E o que não falta opções de móveis e objetos que acompanham o clima da elegante da Toscana. É o caso do lustre criado pelo arquiteto Chicô Gouveia. À venda na loja Olhar do Brasil, em Itaipava, a peça é feita de melaton, um tipo de metal que não agride o meio ambiente, e tem seis cúpulas revestida de tecido cru. Por aqui, uma cadeira do século 19, que está à venda no Arnaldo Danemberg Antiquário, segue o estilo campesiano.
Na Arteiro, também na RegiãoSerrana, uma cadeira em particular, de madeira de demolição, chama a atenção pela pintura.
“Ela leva quatro demãos de tinta. essa técnica (policromia) é a mesma utilizada na pintura dos santos barrocos” explica Sônia Infante, proprietária da loja.
Outra grata surpresa vem do sofá Malibu, da Vimoso, que tem a estrutura feita de fribra natural, com amarrações de junco. Para completar a decoração de um ambiente que tenha a peça, vale optar, por exemplo, por cachepôs de cerâmica com alças de ferro.
LEIA MAIS:
Escolha o seu estilo preferido de jardim