Cerca de 20 mil trabalhadores da construção civil participaram ontem de um protesto na capital pela campanha salarial. A categoria reivindica 5,5% de aumento salarial acima da inflação medida até abril deste ano.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), Antonio de Sousa Ramalho, a paralisação de ontem foi uma greve de advertência. ?Até o momento não houve proposta nem de recuperação da inflação?, comenta. A data-base do categoria é dia 1º de maio e há 300 mil trabalhadores na base da entidade de representação.
Ramalho afirma que o prazo para o fechamento da convenção coletiva é até o dia 8 do próximo mês. ?Daremos esse prazo. Após isso, poderemos começar uma greve por tempo indeterminado?, diz o dirigente. ?Nosso setor não está em crise. Até falta mão de obra qualificada?, completa.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) afirma, em nota, que ?estranha a manifestação uma vez que as negociações prosseguem normalmente com todos os sindicatos e federações dos trabalhadores da construção civil dos municípios e do estado. O sindicato espera assinar em breve as convenções coletivas?.