O setor de materiais de construção foi um dos que mais sofreu com a valorização cambial nos últimos anos. Segundo a Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), a competitividade da indústria brasileira deste segmento caiu pouco mais de 35%, entre 2005 e 2011.
Para se ter uma ideia, neste período, o valor das importações aumentaram 15,5% ao ano, em média, de acordo com a associação.
No entanto, a prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) até o fim de 2013, promovida pelo governo há algumas semanas, fez o mercado de materiais voltar a prever crescimento para o ano que vem.
“As importações serão menores de 2013 para frente, não devem crescer mais. Então, [no setor] haverá crescimento, mas em potencial menor. [O ano de] 2012 representa um ponto de inflexão importante”, disse o presidente da associação, Walter Cover.

Ainda segundo a Abramat, dentre os segmentos mais afetados pelo avanço das importações estão os equipamentos de distribuição e controle de energia, vidro e produtos de vidro, siderurgia e produtos cerâmicos.
Por isso, para estimular ainda mais a economia, o setor de materiais de construção quer aumentar a lista de produtos beneficiados, que teve itens como vidros e materiais elétricos incluídos no último anúncio. (Com agências)