
Antes da implantação da coleta seletiva de lixo no Edifício Dom Eduardo, em Botafogo, eram 14 tonéis de resíduos despejados no caminhão da Comlurb, três vezes por semana — um total de 42 tonéis. Agora, são 15. Além de reduzir a poluição e o desperdício de materiais, o condomínio conseguiu dinheiro suficiente, com a venda de material reciclável, para equipar seu playground com modernos brinquedos para a criançada.
O sucesso do projeto rendeu ao síndico, o advogado Carlos Jorge Darma, o primeiro lugar no prêmio Destaque Secovi Rio, categoria “Gestão do síndico”, promovido pelo Sindicato da Habitação no ano passado. Para quem quiser seguir o exemplo, uma publicação chega ao mercado para ajudar: o “Manual de reciclagem – Coisas simples que você pode fazer”, publicado pela editora José Olympio. Elaborado pelos ecologistas do The Earth Work Group, o livro dá várias dicas para moradores de condomínios.
Darma explica que é importante oferecer meios para que os moradores não tenham dificuldade na tarefa de despejar o lixo:
— Os tonéis coloridos (amarelo para metal, azul para papel, vermelho para plástico e verde para vidro) ficam no andar térreo. Mas como temos alguns moradores idosos, encarregamos os empregados da coleta de lixo reciclável nesses apartamentos.
O síndico ressalta ainda que o condomínio não deve misturar a verba da arrecadação da venda de lixo com outras receitas do condomínio — é mais fácil estimular a coleta seletiva se os moradores puderem ver os bons resultados, como a equipagem do playground.
— As crianças ficaram tão empolgadas que pegam lixo reciclável em outros lugares para aumentar a receita do condomínio, apesar de explicarmos que isso não é necessário.
Para quem mora num condomínio onde não há coleta seletiva, uma dica: basta separar o chamado lixo seco (tudo que pode ser reciclado) do úmido (restos de comida e fraldas, por exemplo) e levar a uma cooperativa de reciclagem, que esta fará a triagem dos diferentes tipos de material.