
A gama de dispositivos eletrônicos de segurança é tão grande que muitos consumidores ficam perdidos na hora de escolher qual o equipamento a ser instalado nos diferentes ambientes da casa. Já existem no mercado sensores capazes de identificar presença de invasores por infravermelhos, radares ou até sensores de temperatura. Além disso, a convergência com sistemas de telecomunicações já virou uma tendência. O morador pode monitorar sua casa pela internet e até pelo aparelho celular.
Consultados pela reportagem, especialistas apontaram as melhores opções de sistemas de vigilância residencial e as vantagens e desvantagens dos principais produtos. Os sensores infravermelhos passivos (IVPs), por exemplo, utilizados para captar o movimento dentro da casa, são considerados os mais seguros no mercado. A desvantagem, entretanto, é que o morador acaba ficando refém do equipamento, já que não pode circular pelo ambiente quando o sistema é acionado.
Já os sensores magnéticos são instalados em portas e janelas para coibir e delatar invasões. O sistema, por sua vez, requer um cuidado redobrado na hora da faxina da casa, para que os aparelhos não sejam deslocados de lugar, ocasionando disparos falsos.

Para uma segurança ainda mais eficiente, especialistas recomendam também o botão do pânico. O dispositivo, que pode ser carregado no bolso da calça ou da camisa, é acionado em ocasiões extremas, quando a abordagem do bandido já foi feita. “Você aperta o botão, e a central de monitoramento é acionada silenciosamente”, explica a sócia-diretora da empresa Sekron Alarmes Ângela Bernardini Mizumoto.
Se o sistema for instalado em uma casa já construída, a melhor opção é o sistema de monitoramento simples, por fios. Já para as residências que ainda estão em obra, vale a pena investir em monitoramento ‘wireless’ (sem fios), cujo benefício compensa o custo um pouco mais elevado.
Para proteger as áreas externas, como garagem e jardins, os profissionais do setor dizem que a cerca elétrica ainda é bastante utilizada, mas recomendam sensores magnéticos em muros e portões para aqueles com poder aquisitivo um pouco mais elevado. Segundo dados da Associação Brasileira de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), cerca de 420 mil domicílios estão equipados no país.
A principal recomendação, contudo, não incide sobre a localização ou o tipo de equipamento a ser instalado, mas sim sobre o comportamento de todos que moram ou trabalham na casa. “O sistema resolve grande parte do problema. Mas não adianta colocar toda aquela parafernália e a empregada deixar o portão aberto para varrer calçada”, alerta o sócio-diretor da Teleatlantic José Carlos Vasconcellos.